Ioio

Porque? Sempre que tentamos manter um relacionamento amigável, como pessoas normais que já se relacionaram amorosamente e depois tentam manter um contato, acabamos nos envolvendo mais e mais? Porque?
É como tomar um vinho eterno, em pequenos goles... Logo após de me encantar pelo gosto maravilhoso do vinho, ele some, acaba, e, depois de quase superar uma abstinência terrível, mais uma dose. And it goes back again, and again...
É bom, com você é sempre bom.
É ruim, porque temo que assim que me entorpecer novamente, a dose irá sumir, por qualquer outro motivo.
É bom, porque sei que é isso que eu quero.
Nada mais importa, nada! O que eu carrego no meu peito, não irá se dissipar, não mais.
Sólido, sólido, sólido...
E então, me pergunto: O que será de nós?

Para lembrar... [4]

"Acabou
Agora ta tudo acabado
Seu vestido estampado
Dei a quem pudesse servir
Agora que eu não posso mais caber em ti
Não quero te ver, dizem que você não quer mais me olhar
Como velhos desconhecidos se você não me escuta eu não vou te chamar
O amor que eu dei não foi o mesmo que eu vi acabar
O amor só mudou de cor, agora já ta desbotado
Corra lá vem à tristeza atirando pra todos os lados
Pegue o vestido estampado, guarde pro carnaval
Guarde que eu nunca te quis mal
Até o feriado quarta feira de cinzas e ta tudo acabado."
(Vestido Estampado - Ana Carolina)

O cravo, a rosa e eu.

Eu nunca fui um cara de grandes conquistas. Minha mãe sempre disse que um dos meus maiores defeitos, é não terminar nada que eu começo.

Ultimamente, tem sido tão diferente...

Aquilo que penso ser meu, acaba ou foge, antes de eu ter a mínima noção de quando irá acabar.

Isso sem dúvidas me abala. Me questiono constantemente sobre quando isso tudo vai passar. Será que vai passar?

Tempo, tempo, tempo...

O ar, cada vez mais rarefeito...

Sufoco-me.

Respira!

Levanto-me e espero, o próximo tombo.

Dizem que a esperança é a ultima que morre... Mas e depois disso? O que vem depois da esperança?

Respira.

A rosa, aquela rosa, a minha rosa, que disse que não iria ceder ao cravo, entrega-se completamente, deixando-me...

A rosa, aquela rosa, tua rosa, dizia que sempre seria minha.

E então, de volta.

Solidão? Ei, solidão, me responda... Porque gosta tanto de mim? Ein?

A rosa, aquela rosa, tua rosa...

O cravo, esperto, usando o poder que tem sobre a rosa, apenas estala o dedo, e lá vai a rosa, aquela rosa, minha rosa... Tua rosa, ser feliz...

Dói...

Porque, rosa? Mentir dizendo que o cravo é apenas passado, sendo que para você ele faz parte do presente, e teu desejo é tê-lo em teu futuro?

Dói...

Calejado... Este coração calejado, ainda consegue sentir dores. A ultima parte viva, antes habitada por você, acaba de ser destruída, esmagada...

Irei, de uma vez por todas, abdicar de ti. Abdicar daqueles planos com um único objetivo, te fazer feliz.

Ah, a rosa...

Lembre-se de mim, como alguém que te amou...

Alguém que te amou da forma mais simples do mundo. Aquela forma que não se espera nada em troca.

Seja feliz, rosa.

Para lembrar. [3]

"Vai em frente seja feliz
Tente sempre realizar
Os sonhos seus e de quem encontrar
E te pareçam sinceros também
Só não se esqueça que o amor, é de vidro
E que alguns sorrisos que te dão, são de cera
Que nossa vida aqui, na cidade
É uma fogueira de desilusão
Com faísca de felicidade
É uma fogueira de desilusão
Com faísca de felicidade"

(Fogueira de Desilusões - Natiruts)